|
Objetivos da Tecnologia Assistiva
Proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.
Por que o termo "Tecnologia Assistiva"?
Um texto de Romeu Kazumi Sassaki, escrito em 1996:
ASSISTIVE TECHNOLOGY
Lendo artigos sobre equipamentos, aparelhos, adaptações e dispositivos técnicos para pessoas com deficiências, publicados em inglês, ou vendo vídeos sobre este assunto produzidos em inglês, encontramos cada vez mais freqüentemente o termo assistive technology.
No contexto de uma publicação ou de um vídeo, é fácil entender o que esse termo significa. Seria a tecnologia destinada a dar suporte (mecânico, elétrico, eletrônico, computadorizado etc.) a pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. Esses suportes, então, podem ser uma cadeira de rodas de todos os tipos, uma prótese, uma órtese, uma série infindável de adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal (comunicação, alimentação, mobilidade, transporte, educação, lazer, esporte, trabalho e outras). No CD-ROM intitulado Abledata, já estão catalogados cerca de 19.000 produtos tecnológicos à disposição de pessoas com deficiência e esse número cresce a cada ano.
Mas como traduzir assistive technology para o português? Proponho que esse termo seja traduzido como tecnologia assistiva pelas seguintes razões:
Em primeiro lugar, a palavra assistiva não existe, ainda, nos dicionários da língua portuguesa. Mas também a palavra assistive não existe nos dicionários da língua inglesa. Tanto em português como em inglês, trata-se de uma palavra que vai surgindo aos poucos no universo vocabular técnico e/ou popular. É, pois, um fenômeno rotineiro nas línguas vivas.
Assistiva (que significa alguma coisa "que assiste, ajuda, auxilia") segue a mesma formação das palavras com o sufixo "tiva", já incorporadas ao léxico português. Apresento algumas dessas palavras e seus respectivos vocábulos na língua inglesa (onde eles também já estão incorporados). Foram escolhidas palavras que se iniciam com a letra a, só para servirem como exemplos.
associativa - associative adotiva - adoptive adutiva - adductive afetiva - affective acusativa - accusative adjetiva - adjective aquisitiva - aquisitive agregativa - aggregative ativa - active assertiva - assertive adaptativa - adaptive aplicativa - applicative Nestes tempos em que o movimento de vida independente vem crescendo rapidamente em todas as partes do mundo, o tema tecnologia assistiva insere-se obrigatoriamente nas conversas, nos debates e na literatura. Urge, portanto, que haja uma certa uniformidade na terminologia adotada, por exemplo com referência à confecção/fabricação de ajudas técnicas e à prestação de serviços de intervenção tecnológica junto a pessoas com deficiência.
Categorias de Tecnologia Assistiva
As categorias abaixo, fazem parte das diretrizes gerais da ADA, porém não é definitiva e pode variar segundo alguns autores.
A importância das classificações no âmbito da tecnologia assistiva se dá pela promoção da organização desta área de conhecimento e servirá ao estudo, pesquisa, desenvolvimento, promoção de políticas públicas, organização de serviços, catalogação e formação de banco de dados para identificação dos recursos mais apropriados ao atendimento de uma necessidade funcional do usuário final.
1 Auxílios para a vida diária |
|
2 CAA (CSA) |
|
3 Recursos de acessibilidade ao computador |
|
4 Sistemas de controle |
|
5 Projetos arquitetônicos para acessibilidade |
|
6 Órteses e |
|
7 Adequação Postural |
|
8 Auxílios |
|
9 Auxílios para cegos ou com visão sub-normal |
|
10 Auxílios para surdos ou com déficit auditivo |
|
11 Adaptações em veículos |
|
Símbolos de Comunicação Pictórica • Picture Communication Symbols (PCS)
© 1981-2009 Mayer-Johnson, LLC. Todos os direitos reservados.
Atuação da Tecnologia Assistiva
A Tecnologia Assistiva visa melhorar a FUNCIONALIDADE de pessoas com deficiência. O termo funcionalidade deve ser entendido num sentido maior do que habilidade em realizar tarefa de interesse.
Segundo a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, o modelo de intervenção para a funcionalidade deve ser BIOPSICOSOCIAL e diz respeito a avaliação e intervenção em:
Funções e estruturas do corpo - DEFICIÊNCIA
Atividades e participação - Limitações de atividades e de participação.
Fatores Contextuais - Ambientais e pessoais
Para conhecer melhor a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade e os conceitos emitidos pela OMS - Organização Mundial da Saúde, clique em www.deb.min-edu.pt/fichdown/ensinoespecial/CIF1.pdf
Visão Geral dos Componentes da CIF - 2003
1. Funções e Estruturas do Corpo e Deficiências
Definições:
• Funções do Corpo são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos (incluindo as funções psicológicas).
• Estruturas do Corpo são as partes anatômicas do corpo, tais como, órgãos, membros e seus componentes.
• Deficiências são problemas nas funções ou na estrutura do corpo, como um desvio importante ou uma perda.
2. Atividades e Participações / Limitações de Atividades e Restrições de Participação
Definições:
• Atividade é a execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo.
• Participação é o envolvimento numa situação da vida.
• Limitações de Atividades são dificuldades que um indivíduo pode encontrar na execução de atividades.
• Restrições de Participação são problemas que um indivíduo pode experimentar no envolvimento em situações reais da vida.
3. Fatores Contextuais
Representam o histórico completo da vida e do estilo de vida de um indivíduo. Eles incluem dois fatores - Ambientais e Pessoais - que podem ter efeito num indivíduo com uma determinada condição de saúde e sobre a Saúde e os estados relacionados com a saúde do indivíduo.
• Fatores Ambientais:
Constituem o ambiente físico, social e atitudinal no qual as pessoas vivem e conduzem sua vida. Esses fatores são externos aos indivíduos e podem ter uma influência positiva ou negativa sobre o seu desempenho, enquanto membros da sociedade, sobre a capacidade do indivíduo para executar ações ou tarefas, ou sobre a
função ou estrutura do corpo do indivíduo.• Fatores Pessoais:
São o histórico particular da vida e do estilo de vida de um indivíduo e englobam as características do indivíduo que não são parte de uma condição de saúde ou de um estado de saúde. Esses fatores podem incluir o sexo, raça, idade, outros estados de saúde, condição física, estilo de vida, hábitos, educação recebida, diferentes maneiras de enfrentar problemas, antecedentes sociais, nível de instrução, profissão, experiência passada e presente, (eventos na vida passada e na atual), padrão geral de comportamento, caráter, características psicológicas individuais e outras características, todas ou algumas das quais podem desempenhar um papel na incapacidade em qualquer nível.
4. Modelos Conceituais
Para compreender e explicar a incapacidade e a funcionalidade, foram propostos vários modelos conceituais:
• Modelo Médico:
Considera a incapacidade como um problema da pessoa, causado diretamente pela doença, trauma ou outro problema de saúde, que requer assistência médica sob a forma de tratamento individual por profissionais. Os cuidados em relação à incapacidade têm por objetivo a cura ou a adaptação do indivíduo e mudança de comportamento. A assistência médica é considerada como a questão principal e, a nível político, a principal resposta é a modificação ou reforma da política de saúde.• Modelo Social:
O modelo social de incapacidade, por sua vez, considera a questão principalmente como um problema criado pela sociedade e, basicamente, como uma questão de integração plena do indivíduo na sociedade. A incapacidade não é um atributo de um indivíduo, mas sim um conjunto complexo de condições, muitas das quais criadas pelo ambiente social. Assim, a solução do problema requer uma ação social e é da responsabilidade coletiva da sociedade fazer as modificações ambientais necessárias para a participação plena das pessoas com incapacidades em todas as áreas da vida social. Portanto, é uma questão atitudinal ou ideológica que requer mudanças sociais que, a nível político, se transformam numa questão de direitos humanos. De acordo com este modelo, a incapacidade é uma questão política.• Abordagem Biopsicosocial:
A CIF baseia-se numa integração desses dois modelos opostos. Para se obter a integração das várias perspectivas de funcionalidade é utilizada uma abordagem "biopsicossocial". Assim, a CIF tenta chegar a uma síntese que ofereça uma visão coerente das diferentes perspectivas de saúde: biológica, individual e social.
Artigos sobre Tecnologia Assistiva
CEDI • INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA ASSISTIVA • Rita Bersch (arquivo em formato PDF - 1,8MB)
PALESTRA CAA • Nadia Browning (arquivo em formato PDF - 2,3MB)
Links para Sites de Tecnologia Assistiva
PORTUGUÊS/ESPANHOL (BRASIL, PORTUGAL, ESPANHA)
MEC - SEESP - Secretaria de Educação Especial - Catálogo de Publicações - Livros em formato PDF
ACESSIBILIDADE.NET • ACESSIBILIDADE PARA TODOS
NIEE • UFRGS NÚCLEO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
PROJECTE FRESSA • SOFTWARE PARA LA EDUCACIÓN ESPECIAL
MANOLO.NET • DEFICIÊNCIA VISUAL
SITES EM OUTROS IDIOMAS (ESTADOS UNIDOS, REINO UNIDO, CANADÁ, AUSTRÁLIA, SUÉCIA)
OATS • RECURSOS DE TECNOLOGIA ASSITIVA GRATUITOS PARA O COMPUTADOR
ACE CENTER • SITE COM INFORMAÇÕES SOBRE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E OUTROS RECURSOS
TRACE CENTER • UNIVERSIDADE DE WINSCONSIN - MADISON - EUA
NATRI • UNIVERSIDADE DO KENTUCKY - EUA
EASI • CURSOS E TREINAMENTOS EM AT
CLIK-N-TYPE • TECLADOS VIRTUAIS GRATUITOS
ISAAC • ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E ALTERNATIVA
CSUN • CALIFORNIA STATE UNIVERSITY - NORTHRIDGE - EUA
ATIA • ASSISTIVE TECHNOLOGY INDUSTRY ASSOCIATION - EUA
SITES QUE APRESENTAM RECURSOS DE TECNOLOGIA ASSISTIVA
AbleData - Estados Unidos
CEAPAT - Espanha
Portale SIVA - Itália
EmpTech - Inglaterra
Portal Nacional de Tecnologia Assistiva - Brasil
Decreto Nº 3.956, de 08 de outubro de 2001. http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto/2001/D3956.htm
Decreto Nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004 - DOU de 03/122004.
www.planalto.gov.br/ccivil/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htmMinistério de Ciência e Tecnologia.Chamada pública MCT/FINEP/Ação Transversal
Tecnologias assistivas - Seleção pública de propostas para apoio a projetos de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias assistivas para inclusão social de pessoas portadoras de deficiência e de idosos. Brasília, setembro 2005
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/10253.htmlACESSO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA ÀS ESCOLAS E CLASSES COMUNS DA REDE REGULAR
Cartilha da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. Brasília, setembro de 2004.
Formato PDF: www.prgo.mpf.gov.br/cartilha_acesso_deficientes.pdfADA - American with Disabilities Act.: www.ada.gov/pubs/ada.htm
Albert M. Cook e Susan M. Hussey • Assistive Tecnologies: Principles and Pratice, Mosby-Year Book. Missouri, EUA, 1995.
Public Law 100-407 • www.resna.org/taproject/library/laws/techact94.htm
Radabaugh, M.P..NIDRR's Long Range Plan - Technology for Access and Function Research Section Two: NIDDR Research Agenda Chapter 5: TECHNOLOGY FOR ACCESS AND FUNCTION
http://www.ncddr.org/new/announcements/lrp/fy1999-2003/lrp_techaf.html e
http://www.ncd.gov/newsroom/publications/1993/assistive.htm#5
Nenhum comentário:
Postar um comentário